Paranaíba: Polícia investiga morte de bebê de 9 meses na Santa Casa
A Polícia Civil de Paranaíba investiga a causa da morte de uma bebê de nove meses, na noite de terça-feira (29), na ala de Pediatria da Santa Casa de Misericórdia.
No sepultamento, na tarde de ontem (30), no Cemitério Municipal muita comoção entre os pais, avós e familiares com a perda prematura da bebe. A Santa Casa aguarda o resultado da autopsia realizada pelo IML e que deverá ser anexado ao inquérito policial, após abertura de Boletim de Ocorrência após o óbito.
De acordo com a mãe Letícia, ela levou a filha pela primeira vez a Santa Casa, na semana passada. “Estava sendo levada depois que tomou uma vacina da gripe e uma vacina de nove meses. Ela começou ter bastante febre e levamos”
Ela conta com detalhes que na terça feira, a filha amanheceu com bastante febre e ala optou por levar na parte da tarde, chegando ao Pronto Socorro por volta de 13h:30m. “Como a febre estava alta, rapidamente ela foi colocada para dentro, colheram exame de sangue, exame de urina, raio X’
A mãe relata que ficou com ela na observação tomando o medicamento Dipirona na veia. “ Tanto que pegou o acesso para tomar o Dipirona. Quando foi por volta 18 h 30mim trocou o plantão e a médica me chamou para poder dar resultados dos exames.
A profissional disse que os exames não mostravam nada, estavam bons, mas não entendia o porquê daquela febre e que iria pedir a internação. Porém ia conversar com a médica pediatra , enviando por mensagens os resultados dos exames e pedindo que ela visse a paciente, que não aconteceu
“Continuamos na sala de observação. Por volta de 20h30, o rapaz da recepção levou o papel da internação , eu assinei. Passou mais uns quinze minutos, uma senhora enfermeira me buscou e a gente desceu . Ela falou que ia aplicar medicamento na bebê. Eu falei que não, “, conta Leticia.
A enfermeira concordou e disse que quando tivesse acabado o banho poderia chamar. “Dei o banho, troquei a roupa, coloquei na cama, chamei ela. Ai ela veio, trocou o acesso por um duplo. Aí ela começou a injetar o líquido na minha filha, quando foi chegando mais para o finalzinho, minha filha simplesmente olhou para o lado esquerdo, desceu uma lagrimazinha e aí deu a parada cardíaca”, relata a mãe.
“ O que está acontecendo ? Uai, não sei pega ela no colo” teria dito a enfermeira. “Quando ela viu que ela estava toda roxa e já desfalecida ela e pegou ela dos meus braços e junta com as outras, correu para a sala vermelha de emergência. Eu saí correndo pelos corredores gritando, minha filha não, minha filha não” lembra, Leticia.
A mãe relata que foi notificada pela médica Dra. Fernanda que sua filha havia vindo a óbito. “ Que ela ficou com parada cardíaca, tentaram reanimar ela por 40 minutos, porém ela não foi reanimada. Eles foram me avisar com uma hora e vinte depois do ocorrido” relatou.
Ela revela que os médicos queriam sua assinatura e do pai Rodrigo em um documento para que elas colhessem um exame que era para identificar o que aconteceu com. “ Meu esposo reagiu, para que que vai servir, perguntou. Para botar no atestado de óbito, ela responder e disse se não assinar, vou colocar que morreu com influenza” contou a mae
Falei para ela que não iria assinar e ela falou então você aguarda la fora que a gente vai fazer os trâmites e te avisa. “ Até agora, ninguém me avisou nada. Eu fui à delegacia, registrei um boletim de ocorrência , por isso minha filha foi tirada de lá, senão estaria até agora esperando”, desabafou
Familiares que estão acompanhando os pais, relatam que os mesmos estão inconsoláveis. “Acabaram com a vida de uma família. Minha sobrinha está arrasada”, contou um parente próximo.
O clamor de Justiça está presente no inconformismo. “Não pode passar em branco. Evitar erros assim”, reclama um dos tios ao apontar que a bebê só foi encaminhada ao IML porque a família fez o boletim de ocorrência. “Queriam coagir, que os pais assinassem um documento que havia falecido por uma causa não mencionada. Só peço Justiça”, relatou o tio.
“ A filha de minha sobrinha ninguém trará!” Temos que ajudar muito para que não aconteça mais situações como essa. Terão mais cuidados. A intenção é que não aconteça mais”, afirmou ele emocionado ao acompanhar o desespero de sua sobrinha. Não podemos perder pessoas ligadas a nosso mundo por erros médicos/hospitalares”, desabafou.
Via rcn67
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