O pecuarista Carlos Augusto de Borges Martins, conhecido na região por "Carlinhos Boi”, foi multado em R$ 300 mil por submeter um casal a condições análogas à escravidão em sua propriedade rural, em Corumbá (MS), de acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT). O caso foi investigado pela Polícia Civil, com o apoio da Polícia Militar Ambiental.
O casal foi recrutado sem a realização dos exames médicos admissionais e sem registro em carteira de trabalho, de acordo com as autoridades. Além das irregularidades, os dois também foram submetidos a morar em um barracão improvisado, de chão batido, com paredes e telhado feitos de caixas plásticas, madeiras e lonas.
No local em que o casal foi alojado, não havia móveis, utensílios básicos e instalações sanitárias adequadas, o que os obrigava a fazerem as necessidades no mato e a tomarem água direto do Rio Paraguai. Ainda conforme as autoridades, o casal relatou que, antes de morar em um alojamento improvisado, os dois viveram durante um mês em um chiqueiro de porcos.
Em depoimento, uma das vítimas disse que trabalhava no rancho há dois meses e que foi contratado pelo valor de R$ 60 por hectare de terra roçada. Contudo, nunca recebeu salário e foi informado pelo empregador que tinha uma dívida de R$ 2 mil, referente à alimentação fornecida durante o período em que o casal permaneceu no local.
Primeira foto: Foto: MPTMS/Reprodução
Segunda foto: Foto: MPTMS/Divulgação
fonte: G1MS
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